quinta-feira, 9 de junho de 2011

Vertigem



Vertigem é um sintoma no qual a pessoa tem a sensação de uma tontura rotatória, podendo causar náuseas, vômitos, ilusão de movimento, etc. Existem dois tipos de vertigem, a Central e Periférica.

Causas
O corpo detecta a postura e controla o equilíbrio através de órgãos do equilíbrio localizados no ouvido interno. Esses órgãos possuem conexões nervosas com áreas específicas do cérebro. A vertigem pode ser causada por distúrbios do ouvido, dos nervos que conectam o ouvido ao cérebro ou do próprio cérebro. A vertigem pode estar relacionada a problemas visuais ou a alterações súbitas da pressão arterial. Muitas condições podem afetar o ouvido interno e causar vertigem.
Essas condições incluem infecções bacterianas ou virais, tumores, pressão anormal, inflamação de nervos ou substâncias tóxicas. A causa mais comum de vertigem é a doença do movimento, que pode ocorrer em qualquer indivíduo cujo ouvido interno é sensível a determinados movimentos, como o balanço (oscilação) ou as freadas e arrancadas abruptas. Esses indivíduos podem sentir-se particularmente tontos durante viagens de carro ou de barco. A doença de Meniere produz crises episódicas e abruptas de vertigem, juntamente com zumbidos nos ouvidos e surdez progressiva.
A duração dos episódios varia de alguns minutos até algumas horas e, freqüentemente, eles são acompanhados por náusea e vômito intensos. A sua causa é desconhecida. As infecções virais que afetam o ouvido interno (labirintite) podem causar uma vertigem que normalmente manifesta-se subitamente e piora ao longo de algumas horas. Após alguns dias, a condição desaparece sem tratamento. O ouvido interno comunica-se com o cérebro através de nervos. Uma área situada na porção posterior do cérebro controla o equilíbrio. Quando a circulação sangüínea dessa área do cérebro é comprometida (distúrbio denominado insuficiência vertebrobasilar), o indivíduo pode apresentar vários sintomas neurológicos, inclusive a vertigem.
Geralmente, as cefaléias, a fala pastosa, a visão dupla, a fraqueza de um dos membros superiores ou inferiores e os movimentos descoordenados são sinais de que a vertigem é causada por um distúrbio neurológico cerebral em vez de um problema limitado ao ouvido. Esses distúrbios cerebrais incluem a esclerose múltipla, as fraturas cranianas, as crises convulsivas, as infecções e os tumores (especialmente aqueles localizados na base do cérebro ou em suas proximidades). Como a capacidade do corpo de manter o equilíbrio está relacionada a indicações visuais, um defeito da visão, especialmente a visão dupla, pode acarretar perda de equilíbrio.
Os indivíduos idosos ou aqueles que utilizam medicamentos para doenças cardíacas ou para a hipertensão arterial podem apresentar tontura ou desmaiar quando ficam em pé abruptamente. Esse tipo de tontura é decorrente de uma queda breve da pressão arterial (hipotensão ortostática) , comumente dura apenas alguns segundos e, algumas vezes, pode ser evitado com o indivíduo levantando-se lentamento ou com a utilização de meias compressivas.

Diagnóstico
Antes da instituição do tratamento da tontura, o médico deve determinar sua natureza e, em seguida, a sua causa. Qual é o problema? Marcha descoordenada, desmaio, vertigem ou uma outra coisa? Ele é originário do ouvido interno ou de um outro local? Detalhes como, por exemplo, o início da tontura, a sua duração, o que a desencadeou, o que a alivia e a concomitância de outros sintomas (p.ex., cefaléia, surdez, zumbidos ou fraqueza) ajudam a determinar com maior precisão a natureza do problema.
A maioria dos casos de tontura não são vertigens e também não representam um sintoma grave. Os movimentos oculares podem fornecer pistas importantes ao médico. Os movimentos oculares anormais indicam uma possível disfunção do ouvido interno ou de suas conexões nervosas com o cérebro. O nistagmo é um movimento rápido dos olhos, como se o indivíduo estivesse observando os rebotes rápidos de uma bola de tênis de mesa, da esquerda para a direita ou de cima para baixo ou vice-versa. Como a direção desses movimentos pode ajudar no diagnóstico, o médico pode tentar estimular o nistagmo, movendo abruptamente a cabeça do paciente ou pingando algumas gotas de água gelada no canal auditivo.
O equilíbrio pode ser testado solicitando-se que o paciente fique em pé e imóvel e, em seguida, que ele caminhe sobre uma linha reta, primeiramente com os olhos abertos e, a seguir, com os olhos fechados. Alguns exames laboratoriais podem auxiliar na determinação da causa da tontura e da vertigem. Os exames da audição freqüentemente revelam distúrbios do ouvido que afetam tanto o equilíbrio quanto a audição. Outros exames que podem ser realizados incluem estudos radiológicos, a tomografia computadorizada (TC) ou a ressonância magnética (RM) do crânio.
Esses exames podem revelar anormalidades ósseas ou tumores que estão comprimindo nervos. No caso de suspeita de uma infecção, o médico poderá coletar uma amostra de líquido do ouvido ou de um seio ou de líquido cefalorraquidiano (através de uma punção lombar). Caso haja suspeita de uma circulação cerebral insuficiente, o médico pode solicitar uma angiografia (na qual um contraste é injetado na corrente sangüínea e são realizadas radiografias para localizar obstruções dos vasos sangüíneos).

Tratamento
O tratamento depende da causa subjacente da vertigem. Os medicamentos que aliviam a vertigem incluem a meclizina, o dimenidrinato, a perfenazina e a escopolamina. A escopolamina, que é particularmente útil na prevenção da doença do movimento, pode ser utilizada sob a forma de adesivos, cuja ação dura vários dias. Todos esses medicamentos podem causar sonolência, especialmente em indivíduos idosos. O adesivo de escopolamina é o que tende a causar menos sonolência.

Vertigem Postural Paroxística Benigna
A vertigem postural paroxística benigna é um distúrbio comum no qual a vertigem se inicia subitamente e dura menos de um minuto. A maioria dos episódios é desencadeada por uma mudança da posição da cabeça e normalmente ocorre ao deitar-se, levantar-se, virar-se na cama ou quando a cabeça é inclinada para trás ao olhar para cima. O distúrbio parece ser causado por depósitos de resíduos de cálcio em um dos canais semicirculares no ouvido interno (locais que detectam a postura). Esse tipo de vertigem pode ser assustador, mas é inofensivo e , geralmente, desaparece por si em semanas ou meses. O médico pode ensinar ao paciente manobras que dissolverão gradualmente os resíduos no canal semicircular posterior, provendo alívio sem o uso de medicamentos. O indivíduo não apresenta perda auditiva ou zumbido no ouvido.

Causas comuns
Condição ambiental
  • Doença do movimento
Medicamentos
  • Álcool
  • Gentamicina
  • estreptomicina
  • maconha
  • cafeína
  • alguns diuréticos(furosemida)
  • anti-hipertensivos
  • carbamazepina
  • antidepressivos
  • benzodiazepínicos
Problemas circulatórios
  • Ataque isquêmico transitório (distúrbios temporários da função cerebral causados pelo suprimento sangüíneo insuficiente a regiões do cérebro durante breves períodos), afetando as artérias vertebrais e basilares
Anormalidades do ouvido
  • Depósitos de cálcio num dos canais semicirculares no ouvido interno (que causa vertigem postural paroxística benigna)
Outras causas
  • Infecção bacteriana do ouvido interno
  • Herpes zoster
  • Labirintite (infecção viral do labirinto do ouvido)
  • Inflamação do nervo vestibular
  • Doença de Ménière
  • Distúrbios neurológicos
  • Esclerose múltipla
  • Fratura craniana com lesão do labirinto e/ ou de seu nervo
  • Tumores cerebrais
  • Tumor comprimindo o nervo vestibular

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Desmaio




O que é?
Perda breve e repentina da consciência, geralmente com rápida recuperação, pode ser devido a múltiplas causas, desde um simples susto (ansiedade, tensão emocional) até um quadro encefalítico.
Existe prevalência elevada em pessoas de idade.

Quais as causas para que ocorra um desmaio?
As causas podem ser:
 

doença cérebro-vascular, convulsões
de origem cardíaca, tais como: arritmias, doença cardíaca estrutural ou isquêmica
embolia pulmonar, hipertensão pulmonar
metabólicas, tais como hipoglicemias, intoxicações
neurogênica/vascular, como hipotensão postural, síncope situacional ou vasodepressora
infecciosas
psicogênicas
desconhecidas, ao redor de 40%

·         O que se sente?  


→ Náuseas

→ tonturas

→ suor moderado ou abundante

→ palidez

→ visão borrada, acinzentada

→ perda da consciência.

·         Como se faz o diagnóstico?
      História clínica, exame clínico e neurológico são necessários para equacionar corretamente o episódio de inconsciência. São necessários, quando pertinente, diversos exames que vão desde um simples hemograma e dosagens de glicose até uma ressonância magnética. Casos mais graves, especialmente doenças de origem cardíaca, requerem uma atenção maior.
          
·          Prevenção
         Existem algumas medidas para evitar a possibilidade de desmaiar:
 


Se você acha que vai desmaiar, procure deitar-se com as pernas mais elevadas que a cabeça.

Se não for possível deitar-se, sente-se e baixe a cabeça até o nível dos joelhos. Este procedimento aumenta o fluxo de sangue para seu cérebro.

Procure não se levantar bruscamente, faça-o lentamente, para que sua freqüência cardíaca e pressão sangüínea tenham mais tempo para se ajustar à posição vertical.

Se você começou a tomar alguma medicação nova e acha que seu desmaio foi ocasionado pela medicação, procure seu médico, pois pode ser necessário ajustar a dosagem.

Em épocas de altas temperaturas, como verão, passar por muito calor e umidade, ter sensação de abafamento, ingerir pouco líquido, ficar em pé por um longo tempo, fazer exercícios e desidratar-se são condições propícias para ocorrer um desmaio.

·         Prognóstico
   O prognóstico em geral é favorável.

O que fazer e o que não fazer em casos de desmaios;


O que fazer;
Se nos percebermos de que a pessoa está prestes a desmaiar devemos:
  • Sentá-la e colocar-lhe a cabeça entre as pernas, ou deitá-la e levantar-lhe as pernas
  • Molhar-lhe a testa com água fria
  • Desapertar-lhe as roupas
Se a pessoa já estiver desmaiada 

  • Deitá-la com a cabeça de lado (PLS) e mais baixa que as pernas.
  • Desapertar-lhe as roupas
  • Mantê-la confortavelmente aquecida
  • Logo que recupere os sentidos, dar-lhe de beber bebidas açucaradas
  • Consultar o médico posteriormente
  • Caso não recupere os sentidos, fazer uma papa com muito açúcar e pouca água e coloca-la debaixo da língua da vitima. O açúcar deve ser “empapado em água” (não dissolvido, mas sim misturado apenas com algumas gotas de água);(Acionar de imediato os meios de emergência médica)
O que não fazer
  • Dar-lhe de beber enquanto a vitima não recuperar os sentidos, pois pode sufocar/afogar-se com os líquidos.
  • Se o desmaio for superior a 2 minutos dirigir-se ao Hospital
  • Em caso de dúvida administrar sempre açúcar em papa debaixo da língua, pois se estiver em hipoglicemia estaremos a contribuir para a melhoria do estado da vítima, e se estiver em hiperglicemia, pouco irá fazer subir os níveis. Além do mais é sempre preferível níveis altos do que muito baixos.
  • Usar e abusar do açúcar à menor suspeita, pois tomado em exagero de vez em quando não prejudica, enquanto a falta ou o atraso ataca o cérebro e pode levar ao coma e à morte.

Crises Convulsivas







A convulsão é um período clínico anormal resultante de uma exacerbada descarga elétrica, repentina ou anormal no encéfalo. Este termo é usado para designar um sintoma, já epilepsia indica a recorrência dessas crises. Quando as crises convulsivas são causadas devido à existência de uma lesão no cérebro, como, por exemplo, nos tumores, esse quadro é chamado de epilepsia sintomática; nos casos da origem das crises serem alterações estruturais, mas sem confirmação de diagnóstico, é denominada de epilepsia cripetogênica. Existe também a epilepsia idiopática, quando não é encontrada a causa para tais crises.

As causas de convulsão são diversas, como:
  • Febre alta (insolação e infecção).
  • Infecções do cérebro (malária, raiva, meningite, sífilis, tétano, toxoplasmose, encefalite, etc).
  • Distúrbios metabólicos (hipoparatireoidismo, níveis elevados de sódio ou açúcar na corrente sanguínea; níveis baixos de açúcar, cálcio, magnésio ou sódio no sangue; etc).
  • Exposição a drogas ou substâncias tóxicas (álcool, anfetamina, cânfora, estricnina, overdose de cocaína, etc).
  • Oxigenação insuficiente do cérebro (intoxicação por monóxido de carbono, afogamento parcial, sufocação parcial, fluxo sanguíneo inadequado para o cérebro, tumor cerebral, etc).
  • Abstinência após utilização excessiva de algumas substâncias (álcool, medicamentos para dormir e tranquilizantes).
  • Reações adversas a medicamentos de receita obrigatória.
  • Outras doenças (eclampsia, encefalopatia hipertensiva e lúpus eritematoso).
As crises convulsivas são classificadas da seguinte maneira:
  • Crises generalizadas brandas: alterações motoras em todos os membros, sem a perda da consciência do paciente.
  • Crises generalizadas graves: conhecidas como crises tônico-clônicas ou “Grande Mal”, caracteriza-se pela perda da consciência.
  • Convulsão parcial: também conhecida como focal, ocorre após uma descarga focal, envolvendo apenas uma região do cérebro. Caracteriza-se pela presença paroxística de epículas ou complexos ponta-onde lentos nas regiões próximas ao foco e com sintomatologia clínica. Estas se dividem em convulsão parcial do lobo frontal, convulsão parcial do lobo temporal, convulsão psíquica, convulsão de lobo parietal e convulsão do sistema límbico.
  • Convulsão parcial com generalização secundária: pacientes com crises focais ou parciais podem apresentar generalização da descarga neuronal, resultando em crise generalizada grave.